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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ARRANJO FÍSICO E SUA IMPORTÂNCIA

 INTRODUÇÃO

            Nos dias de hoje, as empresas devem considerar a importância que o arranjo físico exerce sobre o planejamento e a construção da empresa, tanto para as empresas que atuam no ramo de serviços, como as de manufatura, e este relatório foi elaborado para demonstrar dois sistemas para melhorar o processo em determinados casos, um o arranjo físico e outro a formação de células de manufatura.



O planejamento do arranjo físico, também denominado por alguns autores como planejamento do layout, engloba desde a localização da empresa até o dimensionamento dos arruamentos interdepartamentais e departamentais. As decisões sobre um arranjo físico são importantes, pois geralmente exercem impacto direto nos custos de produção. Além disto, elevados investimentos são necessários para construir ou modificar o layout produtivo. Existem quatro tipos básicos de arranjos físicos e ainda o arranjo físico misto, onde é utilizado mais de um tipo de arranjo num único projeto.
As perdas dentro de um processo produtivo devem ser eliminadas para isto, deve-se buscar uma postura de respeito pelas pessoas, o envolvimento dos operários e o trabalho em equipe são baseados na idéia de que nenhum empregado é melhor do que o outro.
Para formar as células de manufatura é preciso formar grupos de processos projetados para fabricar uma certa família de produtos de uma forma flexível, desta forma a empresa deixaria de fabricar peças de maneira empurrada. O tempo correto nos processos de fabricação é tudo. As empresas devem gerar células de manufatura e de montagem para dar o primeiro passo para converter o sistema atual para o JIT.


1 - ARRANJO FÍSICO E SUA IMPORTÂNCIA

O arranjo físico de uma operação produtiva é definido como a preocupação com a localização física dos recursos de transformação. De forma simples, é a configuração de departamentos, de centros de trabalho e de instalações e equipamentos, com ênfase especial na movimentação otimizada, através do sistema, dos elementos aos quais se aplica o trabalho. O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento físico dos recursos de transformação. Definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção, o arranjo físico determina a maneira segundo a qual os recursos transformados - materiais, informação e clientes - fluem pela operação.
O arranjo deve, sobretudo, propor bem estar. Não é raro, nos dias de hoje, que arquitetos, decoradores e paisagistas participem da elaboração de arranjos físicos industriais na tentativa de tornar o ambiente de trabalho mais agradável.
A necessidade de estudá-lo existe sempre que se pretende a implantação de uma nova fábrica ou unidade de serviços ou quando se estiver promovendo a reformulação de plantas industriais ou outras operações produtivas já em funcionamento.
As decisões do arranjo físico definem como a empresa vai produzir e podem ser de nível estratégico, quando se estudam novas fábricas, grandes ampliações ou mudanças radicais no processo de produção, que, naturalmente, envolvem grandes investimentos. Neste caso, geralmente os estudos de arranjo físico são feitos por empresas contratadas, que detém conhecimento altamente especializado sobre o assunto. Decisões desta complexidade não são de responsabilidade do gerente de produção.
As decisões sobre o arranjo físico também podem ser de nível tático, quando as alterações não são tão representativas, os riscos envolvidos e valores são mais baixos. Geralmente, decisões táticas são tomadas pelo próprio gerente ou diretor industrial da organização.
Raras são as mudanças de arranjo físico em nível operacional, Algumas razões para tais decisões se darem em nível decisório mais elevado são: Geralmente as atividades ligadas ao arranjo físico são demoradas e de alto custo;
Se o arranjo físico já existe e precisa ser alterado, geralmente o processo de produção precisa ser interrompido. É comum fazer as alterações em finais de semana, ou até mesmo em períodos de férias.
Se o arranjo físico não for bem elaborado, as conseqüências podem ser graves. Padrões de fluxo excessivamente longos e confusos são causadores de grandes prejuízos, podendo inviabilizar o próprio negócio;
Se o arranjo físico for para uma organização do tipo de serviços é fundamental ter em mente que é na loja que ocorre a interface entre a organização e o consumidor. Nenhuma outra variável provoca tanto impacto inicial no consumidor como a loja em si. As decisões sobre a apresentação dos produtos, comunicação visual e sinalização devem despertar o interesse para as compras, buscando transformar cada visita do cliente em uma compra.
A necessidade de tomar decisões sobre arranjos físicos decorre de vários motivos, tais como:
Necessidade de expansão da capacidade produtiva: é natural que a empresa procure expandir sua atuação com o passar do tempo. Um aumento na capacidade produtiva pode ser obtido aumentando o número de máquinas ou substituindo as existentes por máquinas mais modernas. Um estudo do arranjo físico é necessário para acomodar estas novas máquinas.
Elevado custo operacional: um arranjo físico inadequado geralmente é responsável por problemas de produtividade ou nível de qualidade baixo.
Introdução de nova linha de produtos: quando um novo produto exigir um novo processo de produção será necessário readequar as instalações.
Melhoria do ambiente de trabalho: o local de trabalho e as condições físicas de trabalho, principalmente nos assuntos relacionados à ergonomia, podem ser fatores motivadores ou desmotivadores. Um banheiro longe, um bebedouro fora de mão, falta de claridade, distâncias longas a serem percorridas, condições inseguras, potenciais causadoras de acidentes etc. podem fazer muita diferença na moral dos trabalhadores.
Saídas de incêndio devem ser claramente sinalizadas e estarem sempre desimpedidas. Economia de movimentos: deve-se procurar minimizar as distâncias percorridas pelos recursos transformados. A extensão do fluxo deve ser a menor possível.
Flexibilidade de longo prazo: deve ser possível mudar o arranjo físico, sempre que as necessidades da operação também mudarem.
Princípio da progressividade: o arranjo físico deve ter um sentido definido a ser percorrido, devendo-se evitar retornos ou caminhos aleatórios.
Uso do espaço: deve-se fazer uso adequado do espaço disponível para a operação levando-se em conta a possibilidade de ocupação vertical, também, da área da operação.





2 – TIPOS DE ARRANJO FÍSICO

Os diferentes tipos de arranjos físicos guardam uma coerência da relação existente entre as exigências de determinado tipo de produto (quantidade e variedade a ser produzida) e a natureza do processo produtivo presente na linha fabril. Cada tipo de produto tem um processo diferente de manufatura e deve ser selecionado para cada tipo de produto um tipo de processo de fabricação, sendo assim, escolhido a forma de processo do produto devemos escolher qual tipo de arranjo físico se adéqua melhor ao processo.
 Os tipos de Arranjo Físico ou Layout são:

  • Arranjo por produto ou por linha;
  • Arranjo por processo ou funcional;
  • Arranjo celular;
  • Arranjo por posição fixa;
  • É possível também utilizar diversos tipos de arranjo físico em conjunto que é chamado de Arranjo Misto.

2.1 - Arranjo por produto ou linha (Flow Shop)

Neste tipo de arranjo as máquinas, os equipamentos ou as estações de trabalho são colocados de acordo com a seqüência de montagem, sem caminhos alternativos para o fluxo produtivo. O material percorre um caminho previamente determinado dentro do processo. Este arranjo permite obter um fluxo rápido na fabricação de produtos padronizados, que exigem operações de montagem ou produção sempre iguais. Neste tipo de arranjo, o custo fixo da organização costuma ser alto, mas o custo variável por produto produzido é geralmente baixo, caracteriza-se como um arranjo físico de elevado grau de alavancagem operacional. É um arranjo muito utilizado pela indústria e também por algumas organizações prestadoras de serviço.
Quando se fala em arranjo em linha, não se trata necessariamente de uma disposição em linha reta. Uma linha de produção retilínea tende a ficar muito longa exigindo áreas de longo comprimento, o que nem sempre é possível.
Para contornar este problema é comum que os engenheiros projetem linhas em forma de U ou S ou outra forma de circuito diferente, que possa ser exeqüível em função das instalações prediais de que a empresa pode dispor.
Alguns exemplos de utilização deste tipo de arranjo:
Indústrias montadoras, alimentícias, frigoríficos, serviço de restaurante a quilo etc.



Vantagens do arranjo físico por produto

Dentre as vantagens deste tipo de arranjo físico destacam-se:
  • Possibilidade de produção em massa com grande produtividade: as linhas de montagem geralmente têm alto custo de instalação e requerem equipamentos mais especializados. Assim sendo, apresentam maior custo fixo, porém menor custo variável por unidade, o que pode representar elevado grau de alavancagem operacional. A produtividade por mão-de-obra torna-se elevada neste tipo de arranjo, uma vez que as tarefas são altamente repetitivas, o grau de complexidade por tarefa é mínimo e o grau de automatização é, geralmente, mais elevado;

  • Carga de máquina e consumo de material constante ao longo da linha de produção: é mais fácil obter uma condição de balanceamento da produção uma vez que o mesmo tipo de produto está sendo fabricado na linha, a qualquer momento;

  • Controle de produtividade mais fácil: a velocidade do trabalho em uma linha de produção é mais fácil de ser controlada, principalmente quando se trata de linha motorizada. Dentro de certos limites, a supervisão pode aumentar ou diminuir a velocidade da própria linha, permitindo o aumento da produção ou, quando necessário, a sua diminuição. Algumas vezes a velocidade precisa ser reduzida por problemas de qualidade ou de falta de material. O controle dos funcionários pode ficar tão eficiente que nenhum deles pode deixar seu posto sem a anuência do supervisor e a substituição por outro.
                                             
Desvantagens do arranjo por produto

São as seguintes desvantagens deste tipo de arranjo físico:
  • Alto investimento em máquinas: geralmente o grau de automatização deste tipo de arranjo costuma ser alto com máquinas específicas que necessitam de manutenção freqüente. Algumas máquinas podem ser tão especificas que não apresentam outro tipo de serventia quando substituídas;

  • Costuma gerar tédio nos operadores: devido ao alto grau de divisão deste trabalho, quase sempre as operações de montagem são monótonas, pobres e repetitivas. O índice de absenteísmo geralmente é elevado e ocorrem longos períodos de afastamento por ordem médica, decorrentes de problemas nas articulações e outras lesões por esforço repetitivo, além de lombalgias em geral. Os trabalhadores geralmente não demonstram nenhum interesse na manutenção e conservação dos equipamentos. Indícios de sabotagem podem ocorrer;

  • Falta de flexibilidade da própria linha: o sistema tem longo tempo de resposta para mudanças de volume de produção, tanto para aumentá-la como para reduzi-la. O mesmo acontece no caso de introdução de um novo produto. Os tempos de setup são longos;

  • Fragilidade a paralisações e subordinação aos gargalos: tal como acontece com os elos de uma corrente, basta que uma operação deixe de funcionar e a linha toda pára (os produtos seguem em fila, quando uma operação pára, a fila toda pára). Outra característica é que a operação mais lenta da linha, denominada gargalo produtivo, determina a velocidade de produção de toda a linha.
2.2 - Arranjo por processo ou funcional (Job Shop)

O arranjo físico por processo agrupa, em uma mesma área, todos os processos e equipamentos do mesmo tipo e função. Por isso, é conhecido também como arranjo funcional. Este arranjo também pode agrupar em uma mesma área operações ou montagens semelhantes. Os materiais e produtos se deslocam procurando os diferentes processos de cada área necessária. É um arranjo facilmente encontrado em prestadores de serviço e organizações do tipo comercial. Os exemplos são inúmeros:
Hospitais, Serviços de confecção de moldes e ferramentas, Lojas comerciais etc.




Vantagens do arranjo físico por processo

É natural que cada tipo de arranjo físico apresente conveniências e inconveniências que vão variar de acordo com o tipo de produto (bem + serviço) que se pretende produzir. As principais vantagens do arranjo físico por processo são:

  • Grande flexibilidade para atender a mudanças de mercado: de uma maneira geral, desconsiderando problemas de balanceamento e eventuais gargalos, para alterar o processo de fabricação. No caso de se adotar o leiaute por processo, basta alterar o fluxo a ser seguido pelo produto perfaz durante sua fabricação;

  • Bom nível de motivação: geralmente este arranjo exige de mão-de- obra especializada e qualificada. Quando os produtos são únicos, não existe produção repetitiva contribuindo para a redução da monotonia e, conseqüentemente, do tédio no trabalho;

  • Atende a produtos diversificados em quantidades variáveis ao mesmo tempo: este tipo de arranjo permite que mais de um tipo e modelo de produto possa ser fabricado simultaneamente. Enquanto um produto está passando por um processo em determinado local, é possível que outro produto diferente esteja recebendo um outro processamento, na mesma planta fabril;

  • Menor investimento para instalação do parque industrial: quando equipamentos similares são agrupados, os custos de instalação geralmente diminuem. Por exemplo, determinados equipamentos ou operações exigem um sistema de exaustão de ar ambiente. Se eles forem agrupados, um único sistema poderá servir a diversas máquinas.

  • Maior margem do produto: na verdade, a maior margem de contribuição não advém do tipo de arranjo físico, e sim do tipo de produto, de maior valor agregado, que, geralmente, se produz neste tipo de arranjo.

Desvantagens do arranjo físico por processo

Em contrapartida aos benefícios proporcionados ao arranjo físico por processo as desvantagens deste tipo de arranjo físico são as seguintes:
  • Apresenta um fluxo longo dentro da fábrica: Como o produto “procura” seus processos onde quer que eles se encontrem dentro da planta, há necessidade de deslocamento por distâncias maiores, pois os processos necessários normalmente não estão posicionados na melhor seqüência para a fabricação de determinado produto. Outro fato comum neste arranjo é que o produto muitas vezes procura o processo seguinte na “contra mão” do processo anterior. Em outras palavras, o produto vai e volta, em um processo ineficiente de movimentação, que torna mais difícil o gerenciamento das atividades sendo executadas;

  • Diluição menor de custo fixo em função de menor expectativa de produção: como raramente se tem conhecimento com antecedência do que se vai produzir, a empresa precisa dispor de uma série de recursos, que devem estar disponíveis em função da necessidade de uma operação específica que pode ou não acontecer. Muitas vezes, para evitar algum gargalo na produção de determinados lotes, que podem exigir maior tempo de determinada operação, a empresa precisa ter máquinas em duplicidade para atender demandas inesperadas;

  • Dificuldade de balanceamento: devido à constante alteração do produto, a dificuldade em programar e balancear o trabalho é maior, além de se exigir que essas atividades sejam executadas em intervalos curtos de tempo, às vezes até diariamente. Isto costuma gerar estoques em processo mais elevados para compensar as diferenças de processamento;

  • Exige mão-de-obra qualificada: por um lado, isto é tido como vantagem e, por outro lado, pode ser considerado desvantajoso, empresas brasileiras acostumadas a lidar com folhas de pagamento de baixo valor, quando comparadas às empresas dos países mais desenvolvidos.

  • Baixos resultam na necessidade de maior quantidade de preparos de máquinas, proporcionalmente ao tempo que estas são mantidas em operação.


2.3 - Arranjo Físico Celular

O arranjo físico do tipo celular procura unir as vantagens do arranjo físico por processo, com as vantagens do arranjo físico por produto. A célula de manufatura consiste em arranjar em um só local, conhecido como célula, máquinas diferentes que possam fabricar o produto inteiro. O material se desloca dentro da célula buscando os processos necessários, porém o deslocamento ocorre em linha. Alguns gerentes de produção que se referem ao arranjo celular como “mini linhas de produção”.
Arranjos físicos do tipo celular podem ser encontrados em vários tipos de organizações, não se restringindo apenas à área industrial. Os exemplos a seguir se referem a diversas aplicações do arranjo celular:
Lanchonete de supermercado, Shopping de lojas de fábrica, Feiras e exposições etc...




Vantagens do arranjo físico celular

Este tipo de arranjo físico apresenta as seguintes vantagens:
  • Aumento da flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto: quando as máquinas são posicionadas em células, destinadas a uma família de produtos, o tempo de set-up acaba por se reduzir, uma vez que menos tipos e famílias de produtos serão produzidos nestas células. Com a redução dos tempos de set-up é possível diminuir o tamanho dos lotes de produção, tornando a operação mais flexível;

  • Diminuição do transporte de material: as distâncias percorridas pelo material em uma célula de produção são, geralmente, menores que o caminho percorrido pelo material em um arranjo físico por produto ou por processo. A proximidade das máquinas e equipamentos na célula faz com que a necessidade de movimentação seja reduzida. Na maioria das vezes, isto elimina a necessidade de equipamentos de movimentação dispendiosos entre um processo e outro. O próprio operador pode se encarregar da movimentação manual entre dois estágios de produção;

  • Diminuição dos estoques: a diminuição dos lotes mínimos de fabricação, por si só, reduz o estoque médio do produto fabricado. Além disto, há a redução dos estoques em processo, em conseqüência da redução do tempo de espera dos itens em processamento entre uma estação de trabalho e outra, quando comparado ao arranjo físico por processo;

  • Maior satisfação no trabalho: talvez uma das principais contribuições do arranjo celular esteja ligada ao ambiente de trabalho. É mais fácil organizar o entrosamento entre os funcionários de uma mesma célula, tanto pela proximidade física que acontece nas mini linhas de produção, como pela facilidade de treinamento e rotação de tarefas entre os trabalhadores. Os funcionários passam a trabalhar o processo completo de produção do item e não mais tarefas fracionadas como nos demais tipos de arranjos físicos. Isto torna o trabalho mais interessante e faz com que os funcionários se sintam mais responsáveis pelo processo e valorizados pela empresa.
Desvantagens do arranjo físico celular

Dentre as desvantagens do arranjo físico celular estão:
  • Específico para uma família de produtos: via de regra, uma célula é preparada para um único tipo ou família de produto. A célula e seus equipamentos tendem a ficarem ociosos quando não há programação de produção para aquela célula especifica, mesmo que existam recursos produtivos na célula que pudessem estar sendo utilizados;

  • Dificuldade em elaborar o arranjo: a dificuldade e a complexidade na elaboração de um arranjo físico celular é maior que a dos arranjos por processo e por produto.

2.4 - Arranjo Físico por posição fixa (Project Shop)

Também conhecido por arranjo físico posicional é aquele em que o produto, ou seja, o material a ser transformado, permanece estacionário em uma determinada posição e os recursos de transformação se deslocam ao seu redor, executando as operações necessárias. Este arranjo é utilizado quando, devido ao porte do produto ou à natureza do trabalho não é possível outra forma de arranjo. São dois os casos básicos em que o arranjo por posição fixa é amplamente utilizado:
Quando a natureza do produto, como peso, dimensões e/ou forma impedem outra forma de trabalho: projetos de grandes construções, como estradas, arranha-céus, pontes, usinas hidroelétricas, construções em estaleiros, atividades agropecuárias, atividades de extrativismo;
Quando a movimentação do produto é inconveniente ou extremamente difícil. Este é o caso de cirurgias, tratamento dentário, trabalhos artesanais como esculturas e pinturas, montagem de equipamentos delicados ou perigosos etc.




Vantagens do arranjo físico por posição fixa

As principais vantagens deste tipo de arranjo são:
Não há movimentação do produto;
  • Quando se tratar de um projeto de montagem ou construção, como por exemplo a construção de uma ponte ou a fabricação de um navio, é possível utilizar técnicas de programação e controle, tais como: PERT e CPM, disponíveis em softwares bastante acessíveis;

  • Existe a possibilidade de terceirização de todo o projeto, ou de parte dele, em prazos previamente fixados.

Desvantagens do arranjo físico por posição fixa

Dentre as desvantagens do arranjo posicional pode-se citar:
  • Complexidade na supervisão e controle de mão-de-obra, de matérias primas, ferramentas etc.;

  • Necessidade de áreas externas próximas à produção para submontagens, guarda de materiais e ferramentas. Muitas vezes, é necessário construir abrigos para os funcionários, da construção civil;

  • Produção em pequena escala e com baixo grau de padronização.
2.5 - Arranjo Físico Misto

O arranjo físico misto é utilizado quando se deseja aproveitar as vantagens dos diversos tipos de arranjo físico conjuntamente. Geralmente é utilizada uma combinação dos arranjos por produto, por processo e celular.

3 – RELAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE ARRANJO FÍSICO



Os custos fixos tendem a aumentar a medida que se migra do arranjo por produto. Os custos variáveis por produto ou serviço, por sua vez, tendem a decrescer. Os custos totais para cada tipo básico de arranjo físico dependerão dos volumes de produtos ou serviços produzidos
Há faixas de volumes para as quais mais de um arranjo poderiam prover os custos de operação mínimos.




            Para elaborar o layout podemos utilizar uma ferramenta, a PERT/COM. PERT-CPM é um método de planejamento, replanejamento, e avaliação de progresso, com a finalidade de melhor controlar a execução de um programa ou projeto.
Esta técnica permite listarmos as atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto, quando elas devem ser realizadas para que a data de entrega do sistema possa ser cumprida.
A utilização do sistema PERT/CPM é feita na fase de implantação do projeto para que este seja efetuado de forma consistente. Por se tratar de uma ferramenta de simulação importante para tomada de decisões estratégicas do empreendimento, a ferramenta PERT/CPM é muito utilizada para mapear o projeto e definir a execução da obra.
O CPM é usado na identificação do caminho crítico e mostra os gargalos, tornando possível fazer analise do desempenho da obra, além da eliminação dos problemas e redução de perdas e baixa produtividade.


3.1 – CONTEXTUALIZAÇÃO

As perdas dentro de um processo produtivo devem ser eliminadas, ou seja, eliminar os elementos que não agregam valor. Se não puder ser utilizado agora, não será fabricado agora, pois isto seria perda. Devemos minimizar os estoques e as especulações, regra que na maioria da empresas não é obedecida, o que gera uma grande quantidade de peças fabricadas, resultando em altos níveis de estoque, ou seja, dinheiro parado e alto custo de produção.
 Deve-se buscar uma postura de respeito pelas pessoas, o envolvimento dos operários e o trabalho em equipe são baseados na idéia de que nenhum empregado é melhor do que o outro. Deve-se realizar  reuniões diárias de produção na busca do envolvimento dos empregados, porém maior mudança a ser realizada é a psicológica, convencer os operários de que nada é mais importante que o que eles dizem e o que eles sentem a respeito do sistema produtivo.
Todo o sistema de manufatura tem certas funções de controle que devem ser realizadas, para isto, deve-se utilizar as funções e as listas de ferramentas que os sistemas SPMI e de layout funcional (Job Shop) utilizam como auxílio a estas funções.
As ferramentas utilizadas pelo SPMI não são muito diferentes das utilizadas pelo layout funcional. No SPMI, muitas ferramentas são manuais - cartões Kanban, luzes andon, sistemas Poka-Yoke e ordens verbais. No MRP, a ferramenta mais importante é o computador. Se o sistema a ser informatizado é bom, existe chance de sucesso nesta informatização.

3.2 – O SPMI E SEUS PASSOS

Para a implantação do SPMI dentro da fábrica deve-se adotar uma mudança sistemática em vários níveis da fábrica, mudanças estas que afetarão cada segmento da empresa, da contabilidade á expedição. Dez passos compõem a metodologia SPMI, são eles:

  1. Formar células: é um grupo de processos projetados para fabricar uma certa família de produtos de uma forma flexível; desta forma a empresa deixaria de fabricar peças de maneira empurrada.
  2. Implementar um sistema de TRF: é a troca rápida de ferramentas e matrizes, para reduzir ou eliminar a preparação (SETUP); a empresa deve desenvolver dispositivos de encaixe que agilize a troca de ferramentas.
  3. Integrar o controle de qualidade: o sistema peça-a-peça significa fazer uma peça, verificá-la e passá-la adiante. A peça defeituosa não pode sair da célula;
  4. Integrar manutenção preventiva / confiabilidade do equipamento: deve-se dar aos operadores treinamento e ferramentas adequadas para realizar a manutenção preventiva;
  5. Nivelar e balancear a montagem final: todo o sistema produtivo é nivelado (cada processo produz a mesma quantidade) e balanceado pela produção em pequenos lotes para reduzir o choque da mudança; em algumas empresas existem grandes estoques entre máquinas devido a adoção da fabricação empurrada, gerando dificuldade de um balanceamento entre máquinas e montagens.
  6. Integrar o controle de produção - conectar as células via Kanban: ligar as células entre si integra o controle de produção dos processos precedentes. Deve haver uma conexão com os Kanbans. Kanbans são cartões que controlam o movimento de materiais entre processos;
  7. Integrar o controle de estoques - reduzir os estoques em processo / expor problemas: a integração do controle de estoques no sistema reduz de forma sistemática o tamanho dos lotes e os estoques em processo;
  8. Estender o SPMI para incluir os fornecedores: o último passo da conversão é educar e encorajar os fornecedores da empresa a desenvolverem sistemas produtivos de qualidade superior, com baixo custo e menores prazos de entrega;
  9. Automatizar e robotizar para desenvolver problemas: este passo envolve a conversão de células manuais em células independentes do homem ou mecanizadas.
  10. Informatizar todo o processo de manufatura de células.

3.3 – FORMAR CÉLULAS


Figura 3 – Dez passos para a implantação de Sistemas Produtivos de Manufatura Integrada – SPMI (destaque para o 1º. passo: formar células de manufatura e de montagem)
Fonte: BLACK, 1998.


O tempo correto nos processos de fabricação é tudo. As empresas devem gerar células de manufatura e de montagem para dar o primeiro passo para converter o sistema atual para o JIT. As empresas ainda se agarram a sistemas de produção anti-econômicos (com muitos estoques de segurança) que dependem de grandes estoques de peças e de estoques em processo, para que itens defeituosos sejam substituídos e consideráveis áreas de re-trabalho recuperem defeitos dia após dia.




A função do layout funcional na empresa deve ser de encontrar gargalos e trabalhar para eliminá-los. Um melhor gerenciamento dos gargalos resultará apenas em pequenas melhorias na produtividade e qualidade no layout funcional. Deve-se gerar na empresa um sistema de manufatura flexível que também pode ser reconhecido como um  layout funcional porque um movimento de peças ao acaso é permitido. Em um projeto flexível, a célula faz uma peça de cada vez podendo ser alterada para atender as mudanças na demanda e do cliente. A empresa deve adotar mudanças rápidas de componentes, ou seja, um setup rápido. As células fornecem o aumento e o enriquecimento do trabalho para os trabalhadores da produção.
O projetista do produto pode facilmente ver como as peças são feitas dentro da célula, já que todos os processos estão juntos. Os controles de qualidade também estão integrados nas células, o projetista sabe exatamente a complexidade do processo. Produtos bem projetados e de bom desempenho podem dominar o mercado de preços mais altos. Processos e sistemas bem projetados resultam em menor custo de manufatura e qualidade superior. Um projeto de produto inferior não pode ser fabricado pelo sistema mais caro e sofisticado, nem mesmo um produto bem projetado não pode ser fabricado com um sistema de manufatura mal projetado.
A figura a seguir mostra um exemplo de um projeto de células manuais de manufatura e de montagem:

Fonte: http://projeto.unisinos.br/gp_gestaoconhecimento/sites/default/files/orientacoes/especializacao/pdf/orient_espec_00003.pdf


4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste relatório foi constatado que o Arranjo físico de uma organização busca não só aperfeiçoar as condições de trabalho, mas também, racionalizar os fluxos de fabricação, a disposição física dos postos de trabalho e tornar a movimentação das pessoas ainda mais fácil, minimizando filas e aglomerados de clientes insatisfeitos.
O arranjo físico determinará as características da produção como: custo para produzir, mão de obra necessária, capacidade de armazenamento (matéria prima e produto acabado) e etc., informações que são indispensáveis na tomada de decisão no planejamento estratégico e assim definir seus objetivos e metas.
            Considerando também a formação de células de manufatura, podemos concluir que para formar as células de manufatura é preciso formar grupos de processos projetados para fabricar cada família de produtos de uma forma flexível, desta forma a empresa deixaria de fabricar peças de maneira empurrada, e o tempo correto nos processos de fabricação é tudo. As empresas devem gerar células de manufatura e de montagem para dar o primeiro passo para converter o sistema atual para o JIT.

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 Saulo Silva
Técnico em Mecânica
Graduado em Eng. de Produção
Pós-Graduando em Eng. da Qualidade Integrada
ssilvaconsultoria@yahoo.com.br

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: UnicenP, 2007.

MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 2ª.ed. São Paulo:
Saraiva, 2005.

MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. 2ª.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

BLACK, J. T. O projeto da fábrica com futuro. Porto alegre: Bookman, 1998.

LIKER, J. K. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005.

MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 2ª.ed. São Paulo:
Saraiva, 2005.

CORRÊA, H. L. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2003.

Teixeira, T - Gestão da Produção, 2006

Camarotto - Projeto de Instalações Industriais, 2008

Laugeni & Martins - Administração da Produção, 2008

Norões & Gadelha – Aplicação da metodologia de planejamento de instalações industriais com ênfase a prevenção de incêndios e explosões em uma faculdade tecnológica, 2008

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